A Doce Vida

por agosto/2015Crônicas0 Comentários

O sol despontava no horizonte e adentrava pela janela do mundo naquele lar.

O aroma do mar se fazia sentir no ar, perfumando o ambiente.

O som das ondas quebrando na praia, doce murmurar.

Aquele casal desperta para um novo dia de longa jornada em busca do pão nosso de todos os dias, nos rostos cansados pela luta constante, porém, a certeza e confiança que Deus não desampara quem nele acredita, por isso o sorriso estampado no rosto de ambos.

Depois de um beijo rápido trocado com afeto, o amado pega o seu carrinho e sai pelas ruas da vida em busca do sustento da família. Com certeza vai ser mais um dia de muito trabalho. Ele não se lamenta, pois, apesar da sua idade, ainda tem muita disposição e alegria para cumprir sua tarefa. O seu emprego não é o que ele sonha para si, porém tinha algumas vantagens: não tinha patrão, não tinha horário fixo, podia fazer feriado ao seu bel prazer, era livre como um passarinho.

Sua companheira lavava os trapos do casal cuidava da casa, cozinhava no fogão a lenha e ficava aguardando o regresso do amado sempre com um sorriso estampado no rosto.

O casal era uma felicidade só, os dois se bastavam um completava o outro, isso que era amor. Pra ser feliz não precisava ter muita coisa, era o exemplo que eles davam a todos os casais do mundo.

Eles eram moradores da beira da Praia Grande em Niterói, Rio de Janeiro, e o céu deles sempre estava estrelados.

Mendigos, sem casa, ou melhor, tendo a natureza toda como lar.

Praia Grande Niterói RJ

Praia Grande, Niterói. Foto de Almiro Baraúna.

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