Pobre Coração

por janeiro/2018Crônicas0 Comentários

Hoje vou falar de alguns lugares que eu fui, ao longo de meus setenta anos de boa vida.

Lagoa do Abaeté

Lagoa do Abaeté. Foto: Portal da copa

Começo falando da Boa Terra, minha querida Bahia. Saudade de Salvador. Quando pela primeira vez aportei por lá, fui fazer o tradicional passeio turístico pela cidade. Chegamos à famosa Lagoa do Abaeté, como diz uma música de um amigo meu, “areia branca abraça a água negra, num abraço de fé”. O guia logo fala que o local é mágico, quem jogar uma moeda na lagoa, rapidamente vai conseguir um amor duradouro, segundo ele, a lagoa é tão poderosa que consegue desencalhar até banguela. Dito isso a mulherada começa a jogar as moedas, até um velhinho vira de costas e joga a sua moedinha, na maior encolha. Eu não levei fé, peguei umas moedinhas e comprei um acarajé numa baiana, ela me perguntou: quente ou frio? Pensei que ela estivesse falando sobre o tempo, então respondi “hoje tá quente”. A pimenta ardeu tanto que cheguei a beber água da lagoa… É, a lagoa é mágica mesmo!

Santa Catarina, Florianópolis, terra boa para se viver… Lá vou eu no passeio turístico, paramos numa praça no centro da cidade. Nesta praça existia uma árvore frondosa, o guia fala para os turistas: “quem der vinte voltas pela direita e depois vinte voltas pela esquerda e fizer um pedido, este pedido vai se realizar!” Mais uma vez as viúvas, solteiras, titias esperançosas de acabar com o zero a zero seguiam o conselho do guia, que incentivava: “vamos não pode parar!” Eu que sou preguiçoso fui para o mercado de peixe comer um marisco e tomar uma cerveja bem gelada.

Fontana di Trevi

Fontana di Trevi

Na Bota famosa, La Bella Itália, Roma a cidade eterna, fomos conhecer a Fontana di Trevi. Lá não foi preciso o guia falar, pois um rapaz passava falando com os turistas para jogar uma moeda na fonte. O guia ratificava a orientação, as moedas caiam na fonte, um marido brasileiro falou para esposa: “joga Real porque o Euro é muito caro”, o guia então falou: “para o pedido ser aceito tem que ser Euro!”

Um dia eu vi o retrato no jornal do rapaz que mandava que os turistas jogassem as moedas na fonte. A noticia dizia que aquele era o homem preso ao mergulhar na Fontana di Trevi de madrugada para pegar as moedas no fundo da fonte.

Rio de Janeiro, Praia de Copacabana… Eu todo arrumadinho, branco dos pés a cabeça, até a cueca era branca. Eu ia sair da praia para uma festa bem chique. A queima de fogos mal terminara quando uma amiga minha me disse: “vamos pular as sete ondas porque dá sorte!”

“Não vou, eu não acredito nisso”. Ela insistiu: “vamos, vamos!”

Embora contra a vontade, fui. Na segunda onda, tropecei e cai, fiquei molhado de corpo e alma, peguei um resfriado.

Ainda ao longo do caminho para casa, tive que ouvir muito “Feliz Ano Novo!”

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