Férias de Julho (3)

por julho/2012Crônicas0 Comentários

Como já falei aqui em outras crônicas, certa feita eu, minha esposa, meu cunhado e minha irmã, fomos para Poços de Caldas, aproveitar as férias de julho.

Último dia, é hoje só, amanhã já esterei no seio da minha familia: crianças, empregada, cachorro e papagaio.

Resolvemos fazer “tour” a pé. Quer dizer, conheceríamos as atrações turísticas bem como faríamos um pouco de exercício físico.

Em primeiro lugar, fomos ao Recanto Japonês, lugar calmo, com plantas típicas do Japão, peixes ornamentais circulavam em um pequeno lago. Existia também uma replica de uma casa de chá, local calmo e tranquilo, próprio para “bater um papo” com sua alma.

Depois da primeira caminhada os “atletas” cansaram. As mulheres logo disseram: agora só de táxi.

As fontes de águas minerais de Poços de Caldas são diferentes, no sentido das localizações. Enquanto em São Lourenço, Caxambu, Cambuquira, Lambari, existe um Parque da Águas, no qual as fontes se concentram, em Poços, elas ficavam uma no norte e outra no sul. Existiam fontes até em residências particulares, como a Fonte Sinhazinha, cuja água tinha um cheiro de ovo podre. No entanto, é excelente para a digestão e o estômago em geral.

Teleférico de Poços de Caldas

Foto: Roberto R. Taddei

Existiam fontes em praças públicas, como na Praça dos Macacos, cuja água sai quente e deve-se banhar os machucados do corpo.

Resolvemos ir ao Cristo, que fica no alto do morro.

Na praça, onde fica o teleférico que nos levaria ao alto, observei que havia umas charretinhas para crianças passearem na praça. Elas eram puxadas por bodes e carneiros.Os bodes precisavam fazer os cavanhaques com urgência. Será que eles têm raiva dos barbeiros? Em contrapartida os carneiros precisavam mudar a roupa de lã, pois as que eles usavam já estavam muito encardidas.

Pegamos os “Besourinhos”. No meio do percusso ventava um pouco. Não sei se por isso, em um determinado momento ele parou por alguns minutos. As nossas mulheres ficaram receosas. Eu, que detesto até andar de elevador (em roda gigante nem pensar), estava firme.

Ao nosso lado parou um “Besourinho” em sentido contrário. Nele iam um casal e dois meninos, o maior devia ter uns doze anos, o menor uns seis. De repente todos levam as mãos aos narizes. O pai abre os “olhos” (janelas) do “Besourinho”. Eles começam a falar ao mesmo tempo. A criança menor aponta para o menino maior, que sorri, amarelo. Um sorriso de culpado.

O “Besourinho” volta a funcionar. A vista da cidade, aos pés do Cristo, é linda e vale o sacrifício da subida. Compensa o medo e o pavor.

A noite, após o jantar, saímos para caminhar um pouco. Foi quando vimos algumas fontes luminosas: uma prateada, uma em forma de rosa e uma sonora, que me fez lembrar da fonte luminosa da Praça do Zé Garoto, em nossa São Gonçalo.

Já estávamos de partida, no táxi, com destino à rodoviária de Poços, quando passou por nós um ônibus da empresa Bortolan. Ao invés do letreiro fixo na “vista” do ônibus, havia um luminoso que variava de acordo com o horário do dia e da noite.Como era de manhã, a “vista” desejava, por momentos, um “bom dia” para os transeuntes.

Nós, do fundo de nossos corações, respondemos: “Bom Dia” e obrigado, Poços de Caldas, por nos receber tão bem.

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