Caminhando por Niterói

por julho/2024Crônicas0 Comentários

Eu amo minha cidade, Niterói. Só que ela se encontra triste, muito triste.

As mazelas são muitas, gente dormindo embaixo das marquises. A principal avenida da cidade, Amaral Peixoto, depois do cair da noite, se transforma num albergue, pobres seres humanos despojados da sorte. E abandonados pelo serviço público. Será que existe Secretaria de Serviços Sociais?

Três fatos que demonstram a situação calamitosa em Niterói: o primeiro foi o morador de rua que ateou fogo em alguns carros estacionados na Rua Miguel de Frias.

O segundo foi uma senhora que se despiu em frente à estação das barcas, na outrora Praça Arariboia. Já que estão fazendo obras, pode ser que as autoridades mudem o nome do logradouro e coloquem o nome de um politico, já que estamos em época eleitoral. Duas meninas não se apiedaram da imagem triste da senhora completamente nua, sacaram o celular e já iam usá-lo, quando uma senhora falou: “Se fotografar eu vou quebrar o celular.” Um jovem que viu a cena também falou para as meninas: “Vocês não respeitam ninguém, ela está doente.” As meninas mais que depressa guardaram o celular e saíram de fininho.

O terceiro estava eu em uma loja na Rua Visconde de Rio Branco, quando de repente um bafafá, um tumulto, mulheres chorando outras gritando. Um homem entrou na loja, parecia morador de rua, com aspecto de drogado e ainda por cima segurando uma faca e gritando “Eu vou te matar!” Do lado de fora da loja outro homem dizia: “Quando você sair, vai morrer!” Logo depois chegou a policia e levou o individuo.

Vocês querem saber onde eu estava naquele momento? Estava no provador da loja, experimentando umas roupas.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Arquivos