Meu amigo e suas histórias que nem Deus acredita.
Certa feita, ele estava com o motorista da empresa na qual trabalhava na região de Magé, Não sei precisar se era Raiz da Serra ou em Pau Grande. Sim, o nome era esse mesmo. Aliás, a terra do nosso ídolo do futebol Manoel Francisco dos Santos, mundialmente conhecido como Garrincha, o demônio das pernas tortas.

Voltemos ao meu amigo Nosde. Depois de trabalharem pela manhã, resolveram almoçar. Mas onde, em que lugar? Meu amigo lembrou que já tinha almoçado de outra feita num restaurante simples, porém com uma comida caseira e gostosa. Sendo assim, meu amigo sentou-se ao volante da Kombi e partiram para o restaurante que ficava um pouco afastado do centro da cidade.
A estradinha era à beira de uma cachoeira, eles iam admirando a beleza da queda d’água caindo sem parar. Havia chovido bastante e a estradinha estava desmoronando, ficando oca por baixo da camada de paralelepípedos. Deu-se a melodia, ou seja, com o peso do veículo, a estrada cedeu.
Meu amigo ficou imprensado pelo volante da Kombi, desmaiado. O ajudante ficou dependurado de cabeça para baixo. O Nosde ficou em coma dois dias, os seus familiares fizeram promessas, rezas fortes. No terceiro dia, estava ele abrindo os olhos quando o telefone tocou. Como não apareceu ninguém do hospital para atender, ele resolveu atender. Aconteceu o seguinte dialogo:
— Alô! É do hospital?
— Sim, o que o senhor deseja?
— Aqui é da funerária “Descanso Eterno”. Gostaria de saber se podemos buscar o presunto.
— O quê?
— Desculpe… o falecido.
— E qual é o nome do felizardo que partiu?
— É um nome meio esquisito. NOSDE.
— Sou eu. Então o senhor está falando com um fantasma!
Fez-se um silencio sepulcral.
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