Cão e Gato

por junho/2014Crônicas0 Comentários

Hoje eu vou falar de dois animais, chamados domésticos, mas que no fundo são muito mais que isso.

Ela se chama Maria Tereza, porém é pelo nome de Maitê que todos os membros da família a tratam carinhosamente. A cadelinha de estimação, o xodó de todos, a fofa, que é um membro super mimado, dorme na cama do casal, não gosta de bofe, não aprecia ração animal, só gosta de comidas especiais. Peixe, só salmão e robalo, carne, só filé mignon. Ah, já ia esquecendo: ela também gosta de bacalhau.

Toda semana ela vai ao salão pra tosa, pois gosta de ficar elegante.

Quando os donos (pais) viajam, ela fica num hotel para cães, cinco estrelas.

Ela fica de mal quando é contrariada por algum motivo, faz beicinho, parece uma criança mimada.

Maitê tem vida de rainha.

Depois dizem que vida de cachorro é ruim.

Eu já coloquei o meu nome na lista: se em outra vida eu vier cachorro, quero morar na casa dos donos (pais) da Maitê.

Falemos agora do João Brabo, esse é o nome daquele gato de estimação de uma vizinha que eu tenho, mãe e filha, amam o João Brabo, ele se sente o dono do pedaço, com ele não tem farofa.

Certa feita as duas saíram e deixaram o João com uma faxineira fazendo a limpeza do apartamento. Ela sem querer esbarrou no João, ele não gostou e rosnou para ela. A menina não conversou, meteu uma vassourada no João.

Daí pra frente ele criou um trauma de vassouras.

Quando ele vê alguém com uma vassoura, ele já fica ouriçado. Reflexo condicionado. Se fosse na casa de Maitê, logo, logo, levavam ele para um bom psicólogo. Como não é, o João Brabo foi convivendo com o seu trauma.

Porém nenhuma faxineira aceitava trabalhar na casa do João, no máximo iam só um dia e não voltavam mais.

Até que um dia uma moça paraibana com o nome de Antonia aceitou fazer a faxina no apartamento.

Da primeira vez, a dona do apartamento estava em casa e correu tudo bem.

Da segunda vez, não tinha ninguém. Quando ela pegou na vassoura para começar a varrer, o João Brabo ouriçou os pelos e foi pra cima dela. parecia um cachorro. Ela mais que depressa correu para a varanda e fechou a porta de vidro. Ele com ódio pulava no vidro da porta, querendo pegar a moça.

Isso foi assim que ela chegou, por volta das 8:00. Como a porta só abre por dentro da sala, ela ficou presa na varanda sem poder sair até as 16:00, quando chegou a dona do apartamento.

A faxineira não falou nada, pegou suas coisas e meteu o pé na estrada, com sede, sem ir no banheiro e sem receber a diária.

A dona do apartamento, até hoje não entende porque ela não consegue uma pessoa para fazer faxina na sua casa. “Será que é por casa do meu João Brabo? Ele é tão bonzinho.”

É amigo, vai entender os animais e os seus donos.

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