Hoje vou contar uma história que só acontece no Brasil. Algo surreal, difícil de acreditar.
Estava este poeta, contador de histórias, esperando um ônibus para me dirigir ao Forte Rio Branco, em Jurujuba, Niterói-RJ. Estava na parada antes da entrada do Túnel que liga Icaraí ao Saco de São Francisco (não estranhem o nome do bairro, pois eu sou das antigas). Absorvido, pensando nas diversas contas a pagar, longe dali, esquecido no tempo.
De repente algo me chamou a atenção. Não só minha como das demais pessoas que ali penavam no aguardo da condução. Eram umas dez pessoas, torcendo pela chegada do transporte coletivo.
E aí chegou o décimo primeiro sofredor, isto é, mais um a esperar pelos ônibus. Ele chegou com uma televisão na cabeça (agora é fácil, pois são estreitas e leves), colocou a mesma encostada no muro de uma casa em frente ao ponto, tomou uma distancia e começou o show, cantando e dançando, sempre olhando a televisão. Lembrando que ele estava todo parlamentado para a apresentação, até um bonezinho se destacava no visual do cantor.
O show levou uns vintes minutos, depois ele se curvou para a televisão, agradeceu, colocou-a na cabeça e foi embora.
É… Quem não pode cantar na televisão, canta pra televisão.
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