Badalando uma sineta, eis que ele dá entrada no recinto com sua indumentária peculiar: roupa vermelha, saco às costas, gorro, botas e tudo que tinha direito, para delírio da petizada.
O Papai Noel Falso
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Crônicas
Crônicas são textos sobre o cotidiano. Desde 2008, venho fielmente postando uma nova crônica por mês. Minha intenção é fazer um retrato verbal de coisas que vivi e me pareceram interessantes, por mais costumeiras que pudessem ser.
O Defunto
O médico proibiu, de imediato, que ele fumasse. Determinou também que parasse de beber as geladas. Aderbal achou aquilo tudo um exagero.
Professor Ptolomeu Arquimedes
O professor, graças aos seus métodos, não era benquisto no seio da escola, os próprios colegas o achavam meio retrógrado.
Fim de Linha
Sentia-se um banqueiro, rico e protegido pelos governantes. Por momentos, deixava de ser um explorado bancário. Já se via entrando na igreja com aquela flor de menina.
O Pangaré
O nome era Sir Labareda, filho legitimo de um grande campeão. O proprietário estava todo emocionado, finalmente o animal iria correr.
Férias de Julho (no ônibus)
Nossos lugares eram separados, lá na cozinha do coletivo. Ao meu lado, uma senhora nota 100, ou seja: cem quilos.
Namoro à Mineira
Perguntei ao meu amigo se tinha alguém importante no trem. Ele me respondeu que era uma recepção para mim. Na minha santa ignorância, por momentos, até acreditei.
A Nova Paixão
Ele não era mais visto nos pagodes da vida. No Baixo São Gonçalo, os seus chopes ficaram quentes, os tira gostos já estavam sem gosto.
O Carteiro
O cão surgiu não se sabe de onde e avançou sobre o carteiro, que tentou correr. Porém, em função do pisante totalmente careca, derrapou na pista.