Hoje eu conto a história do meu amigo Dedé. Na realidade seu nome de batismo era André, no entanto todos o chamavam de Dedé.

Ele já era um pouco gasto, ou seja, já tinha uns oitenta anos, carregando na cabeça um branco uniforme, uma barriguinha saliente, não obstante os vários exercícios que ele fazia tentando diminuir a dita cuja.
Casado com Dona Emengarda, uma santa mulher, que tinha uma paciência de Jó.
Ele não tinha nenhuma vaidade, pra ele tudo estava bem, cuca fresca. A única coisa que o tirava do sério era o seu Vasco, que por sinal anda mal das pernas.
Naquela manhã, o meu amigo se preparava para ir fazer fisioterapia, já que todo ancião que se preza sempre tem alguma dorzinha de estimação. A fina flor da sabedoria ali se reúne.
A companheira atenciosa olha o meu amigo de cima em baixo e fala: Meu amado Dedé, você precisa comprar um sapato novo, o seu já deu tudo e mais um pouco.
Ele parou e falou: Vou pensar. Tchau.
Quando ele voltou, a esposa deu um sorriso e gritou: André, você está de sapato novo!
Ele olhou para baixo e exclamou: Não é meu!
Enquanto isso na fisioterapia alguém falou: Levaram meu sapato novinho e deixaram um sapato furado!
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