Ir para Pompéia ou para Capri? Eis a questão!
Chegamos a Nápoles, justamente quando os garis estavam em greve. Era lixo por todos os lados.
As roupas nas cordas que se estendiam de um lado até o outro lado da rua, tremulavam ao sabor do vento.
Bem, pegamos um Catamarã com destino a ilha de Capri, eu, minha esposa, minha irmã e meu cunhado e os demais companheiros de excursão.
Convém informar que eu fui vencido na escolha por Capri: eu preferia ir para Pompéia, os três para Capri.
Eu e minha esposa sentamos na parte da frente do catamarã.
Catamarã não tem lastro e o mar mediterrâneo estava brincando de gangorra, ou seja, sobe e desce.
Minha esposa, filha de pescador, chorava, segurava meu braço, chamava por todos os santos, conhecidos e pelos desconhecidos.
Quando o barco atracou na ilha, meu braço estava ferido: as unhas dela haviam deixado suas marcas.
Um amigo mineiro também passou mal, desmaiou no cais, vomitou. Queria voltar de avião, porém, o preço não deixou.
Uma doutora que estava na excursão deu um remédio e ele melhorou.
Falemos da ilha: na Gruta Azul, a impressão é que se está navegando no céu.
A ilha sempre serviu de refúgio para grandes personalidades do mundo: o poeta chileno Pablo Neruda e a escritora Isabel Allende, o filósofo francês Jean-Paul Sartre, o escritor russo Gorki e o exilado Lênin.
Ilha com seus mistérios. Como a história do imperador Tibério que, após uma noite de amor, atirava as amantes do despenhadeiro da Villa Jovis, sua residência.
Capri do cantor Pepino Di Capri (Roberta, Champanhe).
Finalmente chegou a hora da volta, o medo era geral. Porém, o mediterrâneo parecia que havia tomado um calmante, ele estava tranquilo, tranquilo.
Ao chegarmos em Nápoles, meu amigo das Gerais foi agradecer a doutora pelo remédio.
-Que trem bom!
-Eu sou ginecologista e o remédio que lhe dei é muito usado em mulheres grávidas.
Logo, um engraçadinho não perdeu a oportunidade, e perguntou:
– Oh das Minas, você tá com quantos meses?
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