Fotógrafo do mundo que sou
Colhi alguns flagrantes com a lente poética
O bocejar do sol, o riso da ondas do mar
O gemido dos automóveis, o ódio dos homens
Nada se esconde da lente poética
Nada se esconde da lente poética
A agonia da natureza, a alma do condenado
O choro do palhaço, a guerra do soldado
A miséria dos ricos, o abraço da igualdade
A riqueza dos pobres, a alegria da amizade
Nada se esconde da lente poética
Nada se esconde da lente poética
O sonho do morto, a tristeza do banido
O coração de mãe, o filho esquecido
A vaidade nua, o apagar da estrela
O piscar da lua, a vida na esteira
Nada se esconde da lente poética
Nada se esconde, tudo se revela na lente poética.
Autores: Ilmar Paes / Rô Fonseca.
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