A crônica de hoje foge um pouco das anteriores, não vai ter enfoque no humor.

Hoje eu levei minha esposa para fazer uma ultra de crânio. Lá eu conversei com um senhor que tinha levado a filha e a esposa para fazerem exames no mesmo hospital. Conversamos um pouco, ele falou que tinha se mudado há pouco tempo do Espirito Santo para o Rio de Janeiro, que ainda não tinha se adaptado ao ritmo dos cariocas, bem como à violência que aqui impera, diferente do que ele vivia no Espirito Santo.
Então eu falei que minha madrinha, com noventa anos, todos os dias pela manhã ia sozinha à praia no Coqueiral de Itaparica, caminhava na calçada, depois se sentava em uma das barracas da praia e comia um Peroá. E tomava uma cerveja geladinha, apreciando o mar.
Infelizmente aqui no Rio tá difícil ir à praia. Tem arrastão, tem confusão, falta transporte coletivo, falta educação.
A primeira vez que eu fui a Vitória foi de passagem, pois estava indo para o sul da Bahia, à cidade de Caravelas, conhecer os parentes da minha esposa. Lembro que tivemos que fazer hora para embarcar no ônibus da empresa Asa Branca, que nos levaria.
Como tinha um pouco de tempo até o ônibus dar a partida, fomos dar uma volta no Parque do Moscoso. Nele existia uma pequena capela. Lembro que minha esposa, que é católica, me fez entrar na capela e falou: “Quando entramos pela primeira vez numa igreja, devemos fazer um pedido com fé, que ele se realizará”. Embora duvidando, resolvi atendê-la. Pois bem, fiz o meu pedido e uma semana depois escutei no rádio que a guerra do Vietnã tinha terminado.
O meu pedido se realizou.
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