“Às vezes na sala o ar ficava empesteado, o aroma não era bom, neste caso o Chayene era imediatamente expulso da sala.”
Dizem que o cão é o amigo fiel do homem, o poeta Vinicius de Moraes dizia que o uísque era o cão engarrafado. Então hoje vamos falar de um cãozinho chamado Chayene.
A sua vinda para aquela casa em São Gonçalo só foi possível porque o filho mais velho de Mãe Janda, a matriarca da família, pegou um empréstimo com um colega do Banco no qual ele trabalhava para adquirir o animal.
Chayene logo se tornou o xodó da família e passou a ser o companheiro inseparável da filha do meio de Mãe Janda. Toda vez que ela estava em casa, Chayene não saía de perto.
Assim sendo, quando o namorado dela vinha para encontrá-la, ele era que fazia a presença na sala. Cão vigia, só se afastava quando era obrigado.
O namorado, depois de viajar mais de duas horas, não gostava nada da presença daquele intruso na sala.
Chayene não falava nada, mas prestava atenção a tudo. Qualquer movimento suspeito ele levantava a cabeça, era o suficiente para tudo voltar a normalidade.
Às vezes na sala o ar ficava empesteado, o aroma não era bom, neste caso o Chayene era imediatamente expulso da sala. Isso era rotina. Meio à contra gosto, o Chayene saía de fininho.
Um belo dia deu-se a melodia: após ser mais uma vez expulso, Chayene parou no meio da sala, levantou as patas dianteiras e falou: “Eu não sou o peidorreiro!” No mesmo instante a namorada ficou com o rosto vermelho.
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