Hoje eu falo do meu amigo Cristiano, garoto novo, morador do Boassu, ele começou a trabalhar a pouco tempo, menino interessado, competente, ele trabalha com computadores.
Na empresa ele logo arrumou vários pais e várias mães. Por ser uma pessoa correta, foi logo angariando a simpatia de todos. Só que ele tem que tomar cuidado pois “pato novo não dá mergulho fundo”, razão pela qual o Cristiano não deveria acompanhar o seu pai Bragança, que adora comer peixe na hora do almoço. Traduzindo o peixe é porque peixe tem espinha e demora o almoço, o suco de cevada rola solto.
O outro pai é o Wilson o porteiro de todas as festas da empresa, na qual ele trabalha, o meu amigo Wilson está em todas as festas, sempre sendo o último a sair, por isso o apelido de porteiro das festas.
Suas duas mães são a dona Cleide e a Anginha.
Dona Cleide, loura e explosiva, deixa seu pupilo mais a vontade, porém se alguém pisa no calo do seu “filho” ela vira bicho, como qualquer mãe. Cristiano fica todo bobo com sua “mãe Cleide”, que as vezes fala pro menino: “Cuidado com os seus pais, eles querem lhe vampirar, fazer a transfusão do seu sangue por chope, cuidado criança”.
A sua mãe Anginha, uma baixinha enjoada, que sorve “loura suada” como gente grande, aconselha ao seu jovem pupilo a pegar todas as crianças desamparadas, ou melhor, as meninas carentes de afetos. Sendo assim ele vai ficando com todas. O que cai na rede é peixe.
A maior riqueza da vida é a juventude. Principalmente com pais e mães maravilhosos como tem o meu amigo Cristiano.
Meu amigo às vezes, confunde a vida dos sonhos embalada pelos seus pais da empresa e a dura realidade dos seus pais reais que necessitam do parco salário que ele recebe no emprego.
Por isso ele teima em viver sonhando. Acalentado pelos seus pais postiços: Bragança, Wilson, Cleide e Anginha.
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