Num domingo primaveril, um dos meus filhos me convidou para ir com ele fazer um programa que ele me disse que seria uma boa.

E lá fomos eu, ele e dois dos meus netos, ou seja, seus dois filhos, uma menina adolescente e um menino um pouco menor.
O local era na Barra da Tijuca, longe pra chuchu à beça para quem mora em outro bairro do Rio. Imagina pra quem mora do outro lado da poça d’água, levamos duas horas para chegar ao nosso destino. Vaga para estacionar, uma luta. Mais um tempão rodando para achar uma vaga.
Por fim conseguimos entrar no evento. Gente a dar com pau, cheio por demais, gente esbarrando em gente, um calor infernal, fila pra todo lado. Tinha estande que você entrava, só não sabia quando ia conseguir sair, pois as pessoas se perdiam em busca do caixa para pagar a sua compra.
Tudo muito caro: uma latinha de refrigerante que, quando vendida fora custava cinco mangos, lá dentro custava três vezes mais, quinze pratas. Os lanches caríssimos.
Três adolescentes conversando: Vou comprar aquele ali, gostei da capa.
A outra perguntou: Qual é o preço?
— Cinquenta reais.
— Não compra não, eu vi num aplicativo chinês por quarenta.
Falei pro meu filho, programa de índio.
Primeira e última vez.
FUI…
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