Varre, varre, Vassourinha!

por maio/2019Crônicas0 Comentários

Hoje eu vou falar sobre a desobediência de uma adolescente que deixou sua mãe uma fera. Essa história aconteceu em São Gonçalo (RJ). Mas, sem mais delonga, vamos aos fatos:

Na época, a adolescente tinha quatorze anos, estava na fase da aborrecência, rebeldia própria da idade.

Ela vivia pedindo à mãe para ir uma tarde na casa da sua amiga de colégio. Ela queria passear de ônibus, pois sua amiga morava no Alcântara, um bairro um pouco distante da sua casa. Sua mãe sempre negava, pois achava perigoso. Porém, vocês sabem como são os jovens… Até hoje são contestadores e teimosos, pra eles os pais são preocupados à toa, com eles nada acontece.

Anjos da guarda de jovens deveriam ganhar hora extra e se aposentar com dez anos de trabalho. Além disso, ter auxilio periculosidade. Vida difícil a deles!

Certa feita, aproveitando que houve uma falta de luz geral na escola e os alunos foram dispensados, a menina foi com a amiga brincar na casa dela. Só que, quando ele deu por si, já tinha passado do horário da saída do colégio.

Enquanto isso, sua mãe já tinha chegado do trabalho e nada da filha chegar. Ligou para o colégio e ficou sabendo que por motivo da falta de luz não tinha havido aula naquele dia.

Após rezar pra tudo que era santo que ela conhecia, viu pela janela do apartamento a sua filha descer do ônibus proveniente do Alcântara. Ela não se conteve e não esperou a menina adentrar em casa, desceu do prédio e pegou na portaria o primeiro objeto que viu. Uma vassoura.

Quando a menina deu de cara com a sua mãe de vassoura em punho, saiu correndo. E a sua mãe atrás. A menina entrou na loja das Casas Bahia e sua mãe atrás. O vendedor vendo aquilo perguntou: Senhora quer comprar uma enceradeira?

A menina aproveitou o vacilo da mãe e fugiu, entrou na loja do Ponto Frio, e a mãe atrás. Outro vendedor querendo vender algo perguntou: A senhora não quer comprar um espanador?

E a menina escapou mais uma vez, correu e entrou na loja da Tele Rio, e a mãe não desistia e cada vez que chegava perto dava uma vassourada na menina.

Na rua, o povo acompanhava a correria e fazendo um coro gritava: Varre, varre, vassourinha!  

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