Recreio de Velhos

por fevereiro/2020Crônicas0 Comentários

É sabido que os extremos se atraem, um exemplo que todos conhecem é o relacionamento entre avós e netos.

Hoje em dia há um eufemismo muito grande: velho deixou de ser velho, inventaram chamar de idoso, terceira idade, melhor idade. Qual o problema de ser velho? Mudar o nome não muda nada! Eu sou velho, e daí?!

É lógico que nós velhos temos que ter alguns cuidados se quisermos conservar um pouco de saúde: frequentar mais as farmácias do que
os bares, visitar os médicos com mais constância… Já dizia um amigo meu: se você não quiser tomar remédios ou ter uma doença aqui outra ali, morra mais cedo.

Então, como eu já estou jogando no times dos aposentados, comecei a praticar exercícios. Comecei caminhando, passei para a natação… Só que
a piscina me obrigava a colocar a cabeça embaixo da água, ocasionando vire e mexe a manifestação da sinusite. Fui obrigado a mudar, passei a fazer hidroginástica, uma coisa apropriada para velhos como eu. Fico com pena do professor, já que os alunos conversam muito e toda hora ele é obrigado a chamar atenção: é alguém dando receita de bolo, é outro falando do filme que viu, ainda bem que o mestre tem uma paciência de Jó. Na realidade é compreensível, já que as pessoas em geral vivem sozinhas ou os familiares não têm paciência com eles.

Sabem de uma coisa? No fundo eu estou gostando do RECREIO DOS VELHOS.

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