Férias de Julho (2)

por julho/2011Crônicas0 Comentários

Domingo, sete horas da manhã, chegamos à rodoviária de Poços de Caldas. Fomos recebidos por um vento frio que fazia com que a temperatura, em torno de cinco graus parecesse abaixo de zero. Bela recepção!

Meu cunhado mal conseguia pronunciar as palavras, suas pernas não paravam de tremer.

Em frente à rodoviária (limpa, jeitosinha, aconchegante), fica o Estádio Municipal, que faria inveja a muitos estádios de clubes da primeira divisão do futebol do Rio de Janeiro.

Poços de Caldas

Foto: José Luiz Brandão

Uma multidão se deslocava em suas imediações. Que seria?

Vestibular, concurso público?

Curiosos, procuramos saber.

Eram os excursionistas de São Paulo. Fomos informados que eles chegam sempre aos domingos pela manhã, em vários ônibus. As vezes chegam mais de trinta, face à proximidade com a capital paulista.

Não pense que o Rio deixa de “mandar” os seus farofeiros, eles chegam na sexta à noite ou no sábado pela manhã, já que o Rio (Niterói, São Gonçalo, Baixada Fluminense) fica um pouco longe.

Pegamos um táxi e fomos para o hotel. Deixamos as malas e “caímos” na feira que se realiza todos os domingos na Praça Pedro Sanches (artesanatos, roupas de lã, comidas). As nossas mulheres compraram, logo, luvas para o frio. Pena que não havia luva para o nariz, reclamava minha cara-metade.

Aos domingos, os hotéis não oferecem jantar. Então saímos a fim de comermos alguma coisa. O Brasil acabara de conquistar o tetra. O nome daquela lanchonete era sugestivo: ” Três Canários“. Só que a comida alimentava três leões famintos. O lanche para uma pessoa (suco e sanduíche) dava pra três, tranquilamente.

Lembrei-me do meu filho e do meu sobrinho, eles sim conseguiriam deglutir, com facilidade, tanta quantidade de comida.

Começamos a caminhar sem destino, ou melhor, o nosso destino era “queimar” um pouco das calorias adquiridas com os “Canários”.

Na Praça dos Macacos, deparamos com várias pessoas que rodeavam um conjunto musical que se preparava para tocar. Imaginamos que fossem religiosos de alguma seita. Qual o quê! O conjunto “atacou” e todos começaram a dançar. Quando dei por mim também estava na roda com meu par, participando da dança. Dança que se repete todos os domingos à noite naquela praça, sob os auspícios da municipalidade, para felicidade geral.

Lá se vão bons anos daquelas férias maravilhosas.

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