Hoje eu vou falar das peripécias das crianças, esses seres que nos encantam em todos os momentos da nossa vida. Eu tenho quatros netos, uma escadinha: nove, oito, seis e cinco, três meninos e uma menina.

Bem, começo falando da Letícia, uma menina muito esperta em seus oito anos. Certa feita, o seu pai tinha de colher fezes dela para um exame, então aconteceu o seguinte dialogo: “Filha, antes do cocô eu vou colocar um jornal no chão para colher o material”. A resposta imediata: “Pai eu não sou cachorro para fazer cocô no jornal!”

Falemos agora do Miguel, irmão da menina, que com seis anos saiu com esta… A professora perguntou: “Miguel, diga quatro animais cuja letra inicial é M”. Sem pestanejar ele respondeu: “Macaco, mico, morcego e rato”. A professora então falou: “Miguel, rato é com R”. Ele mais que depressa: “Rato em inglês é Mouse!”

Chegou a vez do Antônio, de cinco anos, o mais brabo dos quatro. Quando tá zangado, faz uma cara que demonstra logo a sua bronca. O seu pai o colocou para aprender judô. Um dia o pai dele resolveu ver um treinamento e ficou impressionado como os pais ficam incentivando as crianças, quase entrando no tatame para lutar no lugar dos filhos. Neste dia o Antônio foi treinar com um garoto maior que ele. O pai do menino gritava, berrava com o filho: “Vai, vai, derruba, dá um golpe nele”. O Antônio fez aquela cara de brabo, ai o outro menino não conseguiu segurar o Antônio, para tristeza do pai dele.

Finalmente vamos citar o menino de nove anos, o Victor, irmão do Antônio. Um dia da semana eu o levo à fonoaudióloga. Na última vez, quando nós saímos do consultório no 12º andar e o elevador abriu a porta na recepção, eu vi uma das cenas que vai ficar marcada para sempre na minha memória. O Victor gritou: “Vovó!”, saiu correndo e se atirou nos braços da avó, que estava sentada em uma poltrona.

A lágrima que escapou dos olhos da avó disse tudo.