O Futebol tá ficando sem graça… Pobre Vasco!

por setembro/2023Crônicas0 Comentários

Hoje eu vou falar sobre o futebol e suas implicações.

Quando surgiu a ideia do VAR, eu acreditei que o meu Vasco nunca mais seria prejudicado nas decisões injustas tomadas pela arbitragem, tais como:

  • O gol de Agustín Valido na final do campeonato carioca de 1944.
  • A falta batida por Douglas que entrou por 33 cm, mas os árbitros não viram, contra o Flamengo em 17/02/2014.
  • O famoso jogo do Vasco e Flamengo no qual o Vasco perdeu o título com um gol em impedimento do Márcio Araújo e que o goleiro rubro-negro falou que “roubado é mais gostoso”.
  • Jogando contra o Corinthians, o Vasco já foi várias vezes prejudicado. Já teve gol de mão, pênaltis a favor do Vasco não marcados, gol mal anulado. Tudo isso na Copa Libertadores de 2012.

“Não vou mais falar sobre os prejuízos do Vasco com a arbitragem, o VAR vem aí para mudar.” – eu pensava e o pior, acreditava.

Dito isso, vamos falar do que ocorreu esta semana. Um espetáculo grandioso que deve ter custado caro. Um show digno de Oscar. A comissão de arbitragem demonstrou a sua capacidade. Uma demonstração maravilhosa, câmeras bem posicionadas: pela direita, pela esquerda, no céu (pena que às vezes uma nuvem negra atrapalhava as imagens), subterrânea… Tinha câmera até nas costas de um porquinho – o diretor de imagem, o Sr. Batata, está de parabéns, não escapou nem um ângulo.

Vamos falar dos personagens da filmagem:

O juiz Sr. Wilson Luiz Seneme que num jogo Atlético Mineiro e Grêmio em Minas, após um lance de bola na mão da defesa do Atlético, marcou corretamente bola na mão, não dando o pênalti reclamado pelo Grêmio. E minutos depois, em um lance igual na defesa do Grêmio, marcou o pênalti, ou seja, mão na bola. No dia seguinte, o chefe de arbitragem da CBF na época, Sr. Sergio Correa da Silva, veio a publico dizer que realmente as duas jogadas foram de bola na mão, e o erro ocasionou uma geladeira para o juiz.

Falemos agora do juiz Giuliano Bozzano que o foi responsável pelo setor de arbitragem da federação mineira de futebol. Os critérios utilizados pelo VAR pelas equipes de arbitragem nos dois jogos finais do Estadual foram alvo de críticas por parte do Atlético-MG.

E não podemos deixar de lembrar do juiz Péricles Bassols, que foi escalado para apitar o jogo entre Vasco e Flamengo pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2011. Ele deixou de marcar um pênalti claro a favor do Vasco e como prêmio pela sua atuação, foi escalado para o mesmo clássico entre Flamengo e Vasco pelo segundo turno, deixando de marcar outro pênalti a favor do Vasco. Missão cumprida. Anos depois, ele veio a público pedir desculpas pelos erros reconhecidos por ele.

Bem sabia a minha sogra, dona Maria de Nuno, uma baiana de uma cidade chamada Caravelas, que dizia que “pedir desculpas era fácil, corrigir os erros é que era difícil”.

Como somos de um país democrático, chamei uns amigos meus para analisar o lance.

Perguntei a Zé Cuíca, que se intitula o Filósofo do Futebol, profundo conhecedor da matéria, o que ele achava do impedimento do Vegetti.

– Meu rei, o Vegetti se esqueceu de ir à manicure, então a linha imaginária pegou a unha dele, que estava em impedimento.

Aliás, lembro que uma vez perguntei a ele o que achava da frase do Arnaldo Cesar Coelho “A regra é clara”. Meu amigo somente completou:

– E o juiz é confuso.

Já meu amigo Clinton, o viajante grego, grande pensador, me deu a seguinte explicação:

– O jogador do Palmeiras Richard Rios estava com a bola dominada sem nenhum adversário perto, só que naquele momento, ficou pensando que estava no Mercado Municipal de Santiago do Chile, sua terra natal, saboreando um Centolla, tomando um vinho Casillero Del Diablo e lendo um livro do Pablo Neruda… Então, depois destes devaneios, resolveu fazer um lançamento para o Rony, mas estava tão pensativo que a bola foi parar com o jogador do Vasco Paulinho de Paula. O gol foi anulado porque o jogador não tinha nada que fazer um bonito e legítimo gol… Ainda por cima com o nome de Paulo de Paula. O VAR não gostou. Só faltava ele ter sido expulso para não repetir mais o ato.

Pela primeira vez o corporativismo não funcionou. Todos os comentaristas de arbitragem e ex-juízes de futebol foram unânimes em dizer que o gol foi legal. Assim sendo, continua a sina do Vasco em ser prejudicado pela arbitragem e pelo VAR.

Eles, do VAR, esqueceram aquela frase jurídica “PERDEU MANÉ”.

Como sugestão, a CBF deveria acabar com os juízes de campo, bandeirinhas, juízes reservas… Deixa tudo por conta do VAR!

— RÔ FONSECA
Escritor, Poeta, Cronista, Pensador, coautor de mais de duzentas músicas, Vascaíno, Cidadão Brasileiro.

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